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Bombeiros

Perigo! E agora, o que fazer?

Alunos da E.M. Edward Frufru Marciano da Silva participam do projeto ‘Bombeiro na Escola’

25 de Maio de 2025 às 00:40
Thaís Verderamis [email protected]
Segundo o bombeiro Marcelo Rodrigues Paes, de 45 anos, o foco do trabalho é sempre a prevenção
Segundo o bombeiro Marcelo Rodrigues Paes, de 45 anos, o foco do trabalho é sempre a prevenção (Crédito: FABIO ROGÉRIO)

Desde o lado de fora, já era possível ouvir o som característico de muitos pequenos animados. A sala de atividades estava cheia de carinhas focadas em suas apostilas e, a todo momento, mãos se levantavam para perguntar ou contar histórias de experiências que já viveram, sempre com uma pitada de aventura, adrenalina e emoção.

As crianças são como esponjas: absorvem conhecimento e novidades de tudo ao seu redor. Por isso, é tão importante prepará-las desde cedo para as mais diversas situações da vida, especialmente no que diz respeito à segurança, seja em casa, na escola, em eios ou em qualquer outro lugar.

O Corpo de Bombeiros, em parceria com a Secretaria da Educação (Sedu), mantém o programa “Bombeiro na Escola”. Em todo o Estado de São Paulo, os bombeiros ensinam com base na mesma apostila alunos do Ensino Fundamental I e II. De forma educativa, os profissionais ajudam a identificar situações de risco, entender como se comportar e saber o que fazer. Na segunda-feira (12), foi a vez dos alunos da Escola Municipal Edward Frufru Marciano da Silva, localizada na rua Ignes Hannel Brenga, 101, no Jardim Botucatu.

Segundo o bombeiro Marcelo Rodrigues Paes, de 45 anos, o foco do trabalho é sempre a prevenção: “Nós visamos a prevenção e a orientação para que essas crianças possam tornar nossa cidade mais segura, assim como suas casas. O objetivo do nosso trabalho é evitar acidentes e incêndios. Trabalhando a prevenção, a rotina da criança se torna mais segura e, com certeza, ela se tornará um adulto mais responsável. O que vemos hoje nas universidades e salas de aula é que, quando acontece um acidente, muitas pessoas não conseguem agir, nem mesmo realizar o básico.”

Além disso, as crianças têm uma forma única de rear o que aprendem. “Nós tentamos ensinar o básico para que elas possam orientar o pai e a mãe e, muitas vezes, até cobrar também. Uma coisa simples, como não usar o celular enquanto dirige... Se a gente frisa isso, as crianças vão lembrar os pais enquanto eles estiverem ao volante”, complementa Paes.

O aprendizado fez a diferença. A aluna do 4º ano, Lorena Roberta Barbosa Santos da Silva, de 9 anos, prestou atenção em tudo:

“Eu aprendi sobre afogamento, que não pode deixar o botijão de gás dentro de casa porque é perigoso, e sobre engasgamento. É importante que todo mundo saiba os primeiros socorros.”

O colega Davi Peregrino dos Santos, também de 9 anos, mostrou estar preparado. Quando o bombeiro Paes perguntou: “O que fazer em caso de engasgo?”, Davi prontamente levantou a mão e foi convidado a participar da dinâmica, demonstrando corretamente a manobra de Heimlich. A atividade foi recebida com empolgação:

“Maneiro! Eu aprendi como apagar fogo e como salvar alguém de um engasgo”, contou.

A aluna Laura Soares de Almeida, também de 9 anos, aprovou a experiência:

“Foi bem legal. Eu prestei atenção, gostei muito da apostila. É importante, caso aconteça alguma coisa, saber o que fazer.”

No projeto, o bombeiro ensinou os três elementos necessários para que um incêndio ocorra (oxigênio, calor e combustível), explicou como eliminar um dos componentes para extinguir o fogo e orientou sobre como agir em caso de incêndio. Também abordou formas de proteção contra choques elétricos, os perigos da voltagem e da eletricidade, além de ensinar como acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193. As crianças ainda aprenderam técnicas de desengasgo, como agir em situações de afogamento e os riscos de empinar pipas com linha cortante.

A apostila, toda ilustrada, traz informações, desenhos e atividades que ajudam as crianças a fixarem o conteúdo de maneira divertida e atenta. Os pequenos não devem ser subestimados: a capacidade de aprendizado é enorme, e é em cada etapa da infância que se formam adultos mais preparados e responsáveis.

 

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