Recuperação
Produção de veículos no País sobe 28,8% em maio
No ano, volume é 10% maior do que nos cinco primeiros meses de 2025

A produção de veículos teve crescimento de 28,8% em maio de 2025, comparativamente a maio de 2024, chegando a 214,7 mil unidades. Frente a abril, houve queda de 5,9% na fabricação de veículos, entre carros de eio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado ontem (5) pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras.
No acumulado de janeiro a maio, a produção de veículos somou 1,03 milhão de unidades, 10,7% acima do total produzido nos cinco primeiros meses do ano ado.
Contando com o impulso das entregas para locadoras, as vendas, de 225,7 mil veículos no mês ado, marcaram o melhor volume mensal registrado em 2025. Na comparação com maio de 2024, quando tanto a produção quanto o resultado das vendas foram prejudicados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, Estado que responde por 5% do mercado nacional, o crescimento foi de 16,2%.
Frente a abril, as vendas subiram 8,1%, sendo que a variação, neste caso, também é explicada pelo calendário com um dia útil a mais do mês ado. Na média diária, o ritmo mostra um crescimento menor, de apenas 3%.
O volume vendido nos cinco primeiros meses do ano foi de 986,2 mil veículos, 6,1% acima do total licenciado no mesmo período de 2024, o que confirma a tendência de desaceleração após o crescimento de 14% do ano ado.
As exportações continuam em alta, chegando a 51,5 mil veículos embarcados no mês ado, 92,6% a mais do que no mesmo período de 2024 e 11,3% acima do total de abril. Desde o início do ano, 213,5 mil veículos foram exportados, com crescimento de 56,6%, tendo a Argentina como o principal destino.
“Tivemos bons resultados de exportações em função do aquecimento do mercado argentino, e uma boa média diária de vendas domésticas em maio, de 10,7 mil unidades. O recuo na produção, porém, indica perda de participação de vendas para os importados, além de certa cautela dos fabricantes em relação à expectativa de vendas nas próximas semanas”, avaliou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.
Para Calvet. há um saudável aumento do fluxo comercial com a Argentina, ‘”mas no caso dos modelos vindos da China, verificamos um ingresso atípico, beneficiados por uma taxação bem inferior à que vemos em outros países produtores, o que gera uma perigosa distorção em nosso mercado”.
Emprego
O balanço da Anfavea mostra ainda que 133 vagas de emprego foram eliminadas nas montadoras instaladas no Brasil em maio. O setor agora emprega 109,3 mil trabalhadores. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)